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Novo EAD: mudanças estruturais, impactos e implicações para a realidade das IES brasileiras

  • Foto do escritor: Crátilo
    Crátilo
  • 23 de mai.
  • 4 min de leitura

O ano de 2025 marca uma guinada importante na regulação do Ensino a Distância (EAD) no Brasil. Com a publicação do novo decreto federal que redesenha as diretrizes para a oferta de cursos nessa modalidade, o setor educacional privado — responsável por mais de 93% das matrículas EAD — precisa olhar com lupa para os impactos dessa mudança. O momento exige mais do que informação: pede análise crítica, adaptação estratégica e ação inteligente.


Segundo o Relatório Crátilo - Censo 2023, o EAD foi decisivo para que o país alcançasse quase 10 milhões de matrículas no ensino superior, com presença em mais de 3.300 municípios brasileiros. Um dado que não pode ser ignorado diante das novas restrições impostas pelo decreto.


As 7 mudanças estruturais que alteram o jogo


A imagem a seguir resume as principais mudanças propostas pelo Novo EAD:

(BARRETO, Bruno A. A. 2025)


  1. Fim dos cursos 100% EAD: torna-se obrigatória a inclusão de no mínimo 10% de carga horária em atividades presenciais e 10% em atividades presenciais ou síncronas mediadas, totalizando ao menos 20% com contato direto, conforme o novo decreto.

  2. Proibição de EAD para cursos da Saúde e Direito: todas as formações devem ser presenciais.

  3. Fim das licenciaturas exclusivamente EAD: apenas presencial e semipresencial serão aceitos.

  4. Exigência de infraestrutura própria nos polos: laboratórios e espaços físicos adequados.

  5. Criação do cargo de mediador pedagógico: uma função obrigatória, distinta do tutor.

  6. Novas modalidades e padronização de atividades: regras mais rígidas para estrutura curricular e carga horária.

  7. Proibição do compartilhamento de polos entre IES diferentes: medida que aumenta custos operacionais.


Análise crítica: o que os dados mostram?


A seguir, uma leitura mais profunda dos impactos, ilustrada pela imagem abaixo:


  1. Acesso em risco para regiões remotas


Segundo o Censo Crátilo 2023, a expansão do EAD foi o principal motor da interiorização do ensino superior. Com as novas exigências, muitas cidades podem ficar sem nenhuma oferta educacional ativa, já que apenas 1.600 municípios possuem campus presencial.


  1. Captação comprometida


O relatório Panorama Crátilo Captação 25.1 revela que apenas 21% das instituições privadas bateram suas metas de captação para o EAD no primeiro semestre de 2025. Uma sinalização clara de que o modelo já enfrenta dificuldades — e pode ter sua viabilidade reduzida com o novo decreto.


  1. Aumento do CAC e redução de margem


Ainda segundo o mesmo estudo, 67% das IES operam com um custo de aquisição de até R$500 no EAD. No entanto, com a exigência de infraestrutura física, novas contratações e logística presencial, é provável que esse número suba, pressionando a sustentabilidade dos cursos a distância.


  1. Cursos estratégicos ameaçados


Cursos como Direito, Enfermagem, Pedagogia e Psicologia — que figuram entre os mais procurados no país — serão obrigatoriamente presenciais. Isso pode causar retração de oferta em áreas onde a presença física de IES é escassa, dificultando ainda mais o acesso da população.


  1. Concentração do mercado educacional


Com exigências mais rígidas e altos custos de adaptação, é provável que apenas grandes grupos consigam manter a competitividade. Isso tende a aprofundar a concentração de mercado e reduzir a diversidade de modelos educacionais.



(BARRETO, Bruno A. A. 2025)


O que as IES podem (e devem) fazer agora?


O cenário regulatório muda, mas o compromisso com a educação de qualidade e acessível permanece. Eis alguns caminhos possíveis:


  • Revisar modelos de negócio com base em inteligência de mercado: é hora de cruzar dados de captação, evasão, CAC e permanência para tomar decisões baseadas em evidências.

  • Redesenhar os polos com foco em inovação: usar a obrigatoriedade como motor para criar polos mais tecnológicos, híbridos e comunitários.

  • Ajustar a precificação e o posicionamento institucional: com mais custos operacionais, será necessário calibrar a proposta de valor e comunicar com clareza os diferenciais.

  • Aproveitar a inteligência artificial para automação e conversão: o uso estratégico de IA para captação e retenção pode ajudar a equilibrar os custos e melhorar a experiência do aluno.


Novo EAD como oportunidade de reinvenção


O novo decreto que regula o EAD é exigente — mas pode ser um convite à reinvenção. As IES que souberem navegar por esses novos marcos com criatividade, planejamento e inteligência de dados estarão mais preparadas para não apenas sobreviver, mas liderar.


Os dados dos relatórios da Crátilo — tanto o Censo 2023 quanto o Panorama da Captação 25.1 — são provas contundentes de que ainda há muito espaço para crescimento, desde que haja visão estratégica e compromisso com o futuro da educação.


"Nunca captamos tantos alunos quanto em 2023. Mas, se não revermos a jornada completa, 72% deles não concluirão a graduação." — Rafael Villas Bôas, em análise para o Censo Crátilo 2023


Essa é a urgência e, ao mesmo tempo, a oportunidade que se apresenta: transformar o Novo EAD não em um obstáculo, mas em um ponto de virada.


Aprofunde-se nos dados mencionados!


Acesse agora o Censo Crátilo 2023 e o Panorama da Captação 25.1 para consultar todos os indicadores, gráficos e análises que embasam este artigo.


O Grupo Crátilo oferece serviços para instituições que desejam se adaptar às novas regras, expandir suas operações em EAD e transformar desafios regulatórios em vantagem competitiva. Conheça nossas soluções personalizadas!




 
 
 

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