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  • Foto do escritorGabriela Mangelardo

Comunicação entre Família e Escola

Em uma entrevista à rádio Catve FM, do Paraná, Mário Sérgio Cortella foi o convidado do programa EPC, em 2015, no qual disse algo que conversa muito bem com o título do texto em questão. Em um possível diálogo entre professor (no caso o próprio Cortella), e o pai de um estudante em meio a um debate, seguiu a reflexão:

 

Pai:

- Professor, o que é que a família pode fazer para ajudar a escola na educação dos nossos filhos?


Cortella:

- Então, pai, há uma inversão na sua questão. Não é a família que ajuda a escola na educação dos seus filhos, é ao contrário: é a escola que ajuda a sua família na educação dos seus filhos fazendo a escolarização.

 

Importante dizer que as Instituições “Escola” e “Família” são as bases de formação dos cidadãos enquanto sujeitos sociais e históricos que atuam e constroem suas histórias em uma sociedade diante o espaço sociocultural da relação entre essas duas instituições.


Joana Maria Rodrigues Di Santo, psicopedagoga experiente na área da Educação no país, relata no artigo A Família na Atualidade (2006, p. 2) que a instituição familiar tem passado para a escola a responsabilidade de instruir e educar seus filhos e espera que os professores possam transmitir valores morais, éticos e padrões de comportamento.


Mas, será que é a partir desse viés que, em meio às mudanças tecnológicas e de convergência digital de uma geração, é possível ainda que esse antigo modelo esteja presente ainda na construção de um indivíduo contemporâneo que utiliza da tecnologia como extensão do próprio corpo?


A garantia de um relacionamento entre Família x Escola

Sabemos que a relação entre Família e Escola é algo que desperta a atenção de pesquisadores e gestores de instituições de ensino do mundo todo.


Os valores vivenciados dentro de um ambiente familiar contribuem de maneira incisiva na formação do caráter, socialização, bem como também no processo do aprendizado escolar. Por isso que, com o passar das gerações, a participação dos pais na formação e educação dos seus filhos tem sido cada vez mais próxima.


Mas, com uma observação: também é de fácil observação de que a família também possui uma crença de que a escola é a responsável pela educação das crianças, ocorrendo assim uma falta de integração entre as duas instituições quando o assunto é o aprendizado das crianças.


Os papéis devem ser bem estabelecidos, pois, não havendo distinção das mesmas ou a mescla do que cogita ser responsabilidade de um ou de outro provoca conflitos comunicacionais e geracionais do que realmente precisa ser estabelecido entre família e escola e qual a relação de confiança entre as duas.


Para que realmente exista uma relação de confiança e parceria entre Família e Escola, é necessário que cada uma das instituições saiba das suas atribuições, do que é responsabilidade da escola e o que é de fato da própria família.


A confiança não está em deixar aos cuidados da escola a formação de um cidadão. Isso é uma relação de inversão de valores que foi respaldada por gerações. O que deve ser levado em discussão para dentro dos ambientes escolares, juntamente às famílias dos estudantes, é de que as famílias são fundamentais na responsabilidade de educar, e não como tarefa em si da escola. A escola tem como obrigatoriedade a escolarização dos indivíduos, e isso consequentemente tem respaldo na formação de um cidadão, mas não na sua educação de base familiar.


É importante nesse ponto também dizer o quão necessário é que a família esteja atenta às trajetórias de seus filhos e que possam também participar do processo de aprendizado no dia a dia. Mas, sabemos que a realidade brasileira não condiz para que tal situação realmente ocorra pelos problemas estruturais na educação e o cenário político-econômico baseado em uma construção de uma modernidade tardia.


Em resumo, o professor é a fonte de ensino enquanto a família é a fonte da formação e consciência do papel da formação individual. A escola é apenas o ambiente, o campo de atuação, onde essa criança demonstrará todas as suas afinidades socioemocionais dentro daquilo que foi ensinada a ela na instituição família. A relação tênue entre Educação e Escolarização começa a partir do momento em que o aluno se vê em um cenário de interação com outras crianças.


É nesse momento que entra a inteligência emocional da Escola em estabelecer uma comunicação com os pais e responsáveis pelo estudante do papel que a escolarização tem na formação de uma cidadania que vem dentro do seio familiar.


A confiança entre Escola e Família é feita pelo diálogo, pela compreensão dos papéis e, é claro, no que é melhor para o aluno que terá no ensino a possibilidade de construir sua própria narrativa de vida daqui uns anos.


A abrangência do universo do desenvolvimento socioemocional do estudante


A realidade é que o ser humano precisa desenvolver de maneira completa com estratégias de aprendizagem flexíveis e, também, abrangentes. Conforme falamos em alguns textos aqui no nosso blog, como o caso do Ensino Híbrido.


O desenvolvimento de competências socioemocionais é uma das formas utilizadas na Educação para conscientizar e conectar o indivíduo ao mundo onde ele vive e se desenvolve enquanto cidadão. No caso das habilidades socioemocionais, a Educação sempre foi preocupada com o desenvolvimento delas na vida dos estudantes.


Por isso a existência de práticas pedagógicas que utilizam de uma didática que permite a explicação de como cada criança poderá trilhar os caminhos da vida a depender das suas próprias habilidades em meio ao cenário social de interação com outras crianças e adultos.


No mais, as competências socioemocionais são colocadas à prova e reconhecidas na prática da sala de aula dentro de um cenário de interação social no qual tais habilidades serão aprendidas, praticadas e ensinadas por intermédio da escola. Porém, sem cair na linha tênue da escola ter de ensinar o que sentir ou não, a família é que precisa dar todo o respaldo de educação para que, no ambiente da escolarização, a criança possa desempenhar seu papel socioemocional mediante a didática do professor em sala de aula no processo de socialização dos corpos sociais.

Mas, o que implica habilidades socioemocionais de fato?


As habilidades socioemocionais nada mais são do que um conjunto de sensibilidades em perceber o ambiente ao redor, o papel integrador do indivíduo nele e como o ambiente externo pode influenciar na dinâmica de uma convivência social e a construção dele, bem como também a reação emocional perante um cenário que possuem outros entendimentos de base familiar de compreensão de mundo em forma de indivíduos em um mesmo espaço de convivência.


O papel da escola é de, além de explorar e ensinar as competências cognitivas, como ler, interpretar, pensar de maneira concreta e abstrata, é também o local onde o desenvolvimento das competências socioemocionais surgem por intermédio da didática que dará um norte para a convivência em questão dentro de uma sala de aula.


A eficácia da relação entre comunicação x tecnologia no processo de integração na educação básica


O último aspecto que separamos a você possui quatro pontos: comunicação, tecnologia, processo de integração e Educação Básica. Como uma análise sintática, destrincharemos o porquê de tais signos estarem em conjunto em um terceiro aspecto separado neste texto para você.


Primeiramente, vamos partir do princípio da comunicação intermediada pela tecnologia sem entrar em aspectos revisionistas do processo do ato de comunicar, mas sim, partindo do princípio da ferramenta que o ato de comunicar utiliza hoje para dar sentido a uma mensagem, ou seja, pela tecnologia e suas extensões em nossas vidas.


Tendo em vista a comunicação intermediada pela tecnologia e o projeto simbólico de construção de um indivíduo por intermédio dos meios de comunicação, como diz John B. Thompson no livro Mídia e Modernidade (Editora Vozes, 1998), a integração na educação básica por intermédio dessa intermediação apenas contribui para o diálogo e o empoderamento do discurso a respeito das habilidades socioemocionais e na compreensão do Eu em um mundo cada vez mais convergente ao digital.


Como está a comunicação da sua escola com os pais?

A Crátilo Educacional pode te ajudar a intensificar esse relacionamento, nos mande uma mensagem no formulário abaixo que retornaremos o contato para conversamos sobre as soluções para a comunicação da sua escola.



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