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Foto do escritorGabriela Mangelardo

Transição para o Ensino Híbrido no Ensino Presencial

Olhando para alguns anos atrás, até parece que o setor educacional estava prevendo o futuro. Na última década, foi a primeira vez em que a quantidade de alunos no ensino a distância superou a modalidade presencial.


Dados do INPE (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), de 2020, mostraram que 50,7% do número de alunos do ensino superior brasileiro havia optado por uma forma diferente de cursar suas formações universitárias.


De fato, o crescimento dessa forma de estudar foi de nada menos do que de 378,9%, entre 2019 e 2019.


E quando falamos que as IES estavam, de alguma maneira, prevendo o futuro, obviamente nos referimos à crise sanitária que a humanidade vem atravessando.


Se já havia uma tendência de aprender a distância, a pandemia da Covid-19 literalmente obrigou todo mundo a adotar essa modalidade. Era migrar para o aprendizado online ou deixar de estudar.


Coincidência ou não, ainda bem que os tempos estavam mudando. Isso tornou a transição para outro modelo de ensino mais rápida, mais eficiente e até mesmo mais acessível.


Muitas IES já tinham desenvolvido suas plataformas, também conhecidas como AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), que simulavam o ambiente acadêmico e permitiram que, mesmo quem estava no presencial pudesse dar seguimento à sua formação.


Mas, e agora, que a pandemia parece estar sendo superada, como vai seguir a realidade do ensino superior no Brasil?

O novo normal


O coronavírus realmente criou um terreno onde sobram incertezas. Quando dissemos que a pandemia parece estar passando, isso é mais um desejo do que necessariamente uma afirmação indiscutível.


De uma hora para outra, pode surgir uma nova variante, e voltaríamos vários passos até novamente começarmos a nos sentir seguros em estar em contato com outras pessoas.


De fato, talvez o novo normal seja exatamente isso. Um contexto no qual estamos retomando contatos humanos mais próximos, mas ainda tendo muito cuidado em relação à forma como vamos lidar com essa retomada da presencialidade.


Ou seja, o novo normal tem mais cara de um período de transição à suposta normalidade do que necessariamente uma fase definitiva.


É como se fosse um meio-termo. Estamos medindo, com muito cuidado, como podemos voltar a nos organizar e seguir com nossas vidas. E isso não é necessariamente algo negativo.


Aliás, muito pelo contrário, estamos aprendendo a equilibrar aspectos da presencialidade com as possibilidades da virtualidade.


Neste contexto, ganha destaque o ensino híbrido. Siga a leitura e entenda o porquê!


Nem oito nem oitenta


Lembra quando surgiram as primeiras modalidades 100% EAD no ensino superior? Era uma promessa que parecia só ter pontos positivos.


Aqui, podemos inclusive fazer um paralelo com o começo da pandemia. Ninguém podia sair e, quem pôde, ficou trabalhando 100% desde sua casa.


Vimos no que deu.


A falta de interação presencial, que muitas pessoas, no começo, acharam o máximo, se mostrou como algo difícil de suportar com o passar dos meses.


Somos seres sociais, gostamos de interagir, e o isolamento social deixou sequelas consideráveis na saúde mental de muita gente.


Mas também não podemos negar que resolver todo tipo de coisas pela internet tem vários pontos positivos.


A resposta, então, talvez esteja exatamente no equilíbrio. Será que não podemos combinar tudo que a virtualidade tem a oferecer com as interações presenciais necessárias para algumas atividades?

Ensino híbrido: a modalidade do novo normal


Seguindo o raciocínio do tópico anterior: é por isso que o ensino híbrido vem a calhar. Ele combina o melhor de dois mundos.


Aliás, ele reforça uma necessidade urgente: a de que reestruturemos os modelos tradicionais de educação no ensino superior, no sentido de criar uma proposta que atenda às demandas da sociedade contemporânea.


Definitivamente, não podemos permanecer como estávamos antes ou durante a pandemia, e o hibridismo na formação é a saída para os novos tempos.


Confira algumas vantagens de assumir a transição para ensino híbrido no ensino presencial:


#01 Autonomia para os alunos

Cada pessoa tem seu tempo e ritmo. Na modalidade presencial, os alunos eram forçados a dedicarem um determinado período do dia para as aulas.


No modelo híbrido, os estudantes podem escolher o melhor momento (e lugar) de suas rotinas para se dedicarem aos estudos. Além das aulas em si, seus cronogramas podem definir suas prioridades relacionadas aos conteúdos segundo seus próprios critérios.


#02 Sala de aula invertida

O modelo híbrido necessariamente incorpora o conceito de sala de aula invertida em seu desenvolvimento.


Os estudantes, ao invés de esperarem pelo professor em sala de aula ministrarem os conteúdos, já precisam assistir as aulas online sabendo o que será visto.


Neste sentido, o momento da aula se converte em uma instância para tirar dúvidas, discutir os tópicos e aprofundar ainda mais os conhecimentos.


#03 Aulas práticas presenciais

Tem coisas que só se aprendem com as mãos na massa.


Por isso, o ensino híbrido mantém algumas instâncias de ensino presencial, principalmente quando os conteúdos precisam ser vistos na prática.


Assim, nada melhor para os alunos do que terem acesso físico à instituição, corpo docente e discente (lembre do que falamos do equilíbrio entre virtual e presencial).


#04 Menos aglomeração

Até mesmo quando lembramos que a pandemia ainda não passou, o ensino híbrido pode estar alinhado com a necessidade de evitar aglomerações. As aulas presenciais, por exemplo, podem ser organizadas em grupos menores, e não com toda a turma de uma só vez.


#05 Menores custos (para todos)

Algo que é realmente muito vantajoso no ensino híbrido, tanto para a IES como para os alunos, é a redução dos gastos.


Do lado das faculdades, a infraestrutura necessária para atender a todos os alunos é muito menor, já que você não precisa receber a todos, todos os dias. Do lado dos alunos, eles eliminam questões como deslocamentos, alimentação e necessidade de compra de livros físicos.


Poderíamos seguir falando das vantagens da transição para o ensino híbrido por horas, e você ainda vai ver muito conteúdo aqui no blog da Crátilo sobre isso.


Mas, hoje, o que realmente buscamos foi mostrar como o mundo acadêmico está mudando e dizer para sua IES que a hora de mudar é essa.


Não perca mais tempo, entre para a nova era do ensino superior. Fale com nossos executivos!




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